Pesquisar este blog

quarta-feira, 28 de março de 2012

PARA OUVIR E ESCUTAR: ANTIBALAS AFROBEAT ORCHESTRA

  O Antibalas Afrobeat Orchestra, como o nome já anuncia, é uma banda de Nova York que  bebe litros na fonte africana de Fela Anikulapo Ransome-Kuti (1938-1997), compositor e ativista nigeriano. Além da influência do Afrobeat, o grupo também traz na bagagem outros estilos musicais, mas no fundo todos tem a mesma matriz, a África.
  Formada em 1998, essa orquestra é considerada como responsável pelo ressurgimento do Afrobeat, juntamente com Femi e Seun Kuti, herdeiros dos genes musicais de Fela.
  Em abril eles desembarcam no Brasil pra mostrar o motivo de tanto sucesso mundo afora, incluindo trilha pr'uma peça na Broadway.
  Tem quatro discos lançados que você pode emprestá-los por aqui e ouvir até enjoar.





segunda-feira, 26 de março de 2012

A TELEVISÃO NÃO SERÁ REVOLUCIONADA - EVERYTHING IS A REMIX

 Everything is a remix é uma série de documentários sobre a arte de emprestar ideias alheias.
Nessa nossa era de discussões sobre direito autoral, propriedade intelectual e afins essa série nos mostra como alguns ávidos defensores de suas obras  são meros canalhas.
O que é inspirar-se, samplear e o que é se apropriar de forma indevida, sem que o autor seja ao menos citado.
Se o MegaUpload era uma organização criminosa, Walt Dysney Company também é. Saiba porquê.

Para maiores informações acesso o sítio  http://www.everythingisaremix.info/









segunda-feira, 19 de março de 2012

PARA OUVIR E ESCUTAR - JOHN ZORN


Aproveitando o retorno desse mestre ao Brasil, inicio aqui minha sessão de colaboração sonora, o chamado compartilhamento em rede. Afinal é pra isso que estamos aqui nesse planeta, não é?

 John Zorn toca instrumentos desde a infância, começando pelo piano, flauta e violão. Em casa ouvia todo o tipo de música: música clássica, country, jazz, músicas das mais diversas partes do mundo, roquenrol, etc.

Mas aos 15 anos, Zorn consegue um disco que iria mudar a forma como enxergava a música(um disco do argentino Mauricio Kagel). Segue aqui uma explanação do próprio mestre:

"Cá estamos nós: Kagel, "Improvisation Ajoutée." Comprei esse quando tinha por volta de 15. Ainda lembro: comprara em setembro na Sam Goody, por 98 centavos. E é uma peça realmente alucinante, com rapazes gritando e piando, algo que me atraiu. Tinha ido até a casa de um amigo, ele gostava muito dos Rolling Stones. E eu tinha acabado de comprar o disco, coloquei e ele me olhou com uma expressão.. quem diabos é você? Estás fora de ti? E a mãe dele estava lá, e ela estava como [coloca a palma da mão na bochecha] meu Deus, tira isso... e bem naquele momento tinha decidido: isto era a música."

Ainda na adolescência tocou baixo e só quando ouviu o disco For Alto de Anthony Braxton se interessou pelo saxofone. E não trocou mais.

 A obra dele é muito diversificada, tendo vários projetos pra desenvolver cada estilo de música que estava afim, desde o mais puro jazz, ao free jazz, flertou com o punk, o grindcore, com a música judaica, sempre experimentando e nunca aceitando rótulos.


Nesse final de semana ele se apresenta em São Paulo, desse vez trazendo essa mistura de Klezmer, Jazz e Surf Music, tudo bem ao estilo Zorn. Aula de Música!

Aqui embaixo tem um lugar bem legal onde você pode achar boa parte da discografia do sujeito.





segunda-feira, 5 de março de 2012

A TELEVISÃO NÃO SERÁ REVOLUCIONADA


 "Na região Sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, o povo indígena com a maior população no Brasil trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território.

  Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto.

  Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo.

  Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros."
     
fonte: Mídia Livre - http://vimeo.com/midialivre  

À Sombra de um Delírio Verde

Tempo: 29 min

Países: Argentina, Bélgica e Brasil
Narração: Fabiana Cozza
Direção: An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Mu
 
À Sombra de um Delírio Verde from Mídia Livre on Vimeo.

BRASIL: A TELEVISÃO NÃO SERÁ REVOLUCIONADA

 "Canudos é aqui, entre Salvador e Simões Filho, na Baía de Aratu. Este filme mostra que a Marinha do Brasil deflagrou nesta região guerra a um grupo de famílias negras descendentes de escravos que vivem ali antes da chegada da marinha. Hoje constituem mais de 50 famílias reconhecida pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo.

 Entre os moradores há pessoas com mais de 100 anos que nasceram no mesmo local onde vivem até hoje. Só que agora sob regime de tensão e violência, aterrorizados: garantem que passam a noite acordados com medo de morrer (soldados passeiam à noite toda pelas suas roças) e têm medo de sair pois quando voltar poderão encontrar a casa derrubada.

 O acesso à comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio de residências de sub-oficiais da Marinha; e os conflitos vêm, sobretudo, com a construção desta Vila, a partir de 1971. As famílias da área foram removidas e desalojadas. Hoje estão proibidas de plantar e sendo expulsas da área.
O filme denuncia flagrantes desrespeitos aos direitos humanos fundamentais."

fonte: bahianarede