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segunda-feira, 19 de março de 2012

PARA OUVIR E ESCUTAR - JOHN ZORN


Aproveitando o retorno desse mestre ao Brasil, inicio aqui minha sessão de colaboração sonora, o chamado compartilhamento em rede. Afinal é pra isso que estamos aqui nesse planeta, não é?

 John Zorn toca instrumentos desde a infância, começando pelo piano, flauta e violão. Em casa ouvia todo o tipo de música: música clássica, country, jazz, músicas das mais diversas partes do mundo, roquenrol, etc.

Mas aos 15 anos, Zorn consegue um disco que iria mudar a forma como enxergava a música(um disco do argentino Mauricio Kagel). Segue aqui uma explanação do próprio mestre:

"Cá estamos nós: Kagel, "Improvisation Ajoutée." Comprei esse quando tinha por volta de 15. Ainda lembro: comprara em setembro na Sam Goody, por 98 centavos. E é uma peça realmente alucinante, com rapazes gritando e piando, algo que me atraiu. Tinha ido até a casa de um amigo, ele gostava muito dos Rolling Stones. E eu tinha acabado de comprar o disco, coloquei e ele me olhou com uma expressão.. quem diabos é você? Estás fora de ti? E a mãe dele estava lá, e ela estava como [coloca a palma da mão na bochecha] meu Deus, tira isso... e bem naquele momento tinha decidido: isto era a música."

Ainda na adolescência tocou baixo e só quando ouviu o disco For Alto de Anthony Braxton se interessou pelo saxofone. E não trocou mais.

 A obra dele é muito diversificada, tendo vários projetos pra desenvolver cada estilo de música que estava afim, desde o mais puro jazz, ao free jazz, flertou com o punk, o grindcore, com a música judaica, sempre experimentando e nunca aceitando rótulos.


Nesse final de semana ele se apresenta em São Paulo, desse vez trazendo essa mistura de Klezmer, Jazz e Surf Music, tudo bem ao estilo Zorn. Aula de Música!

Aqui embaixo tem um lugar bem legal onde você pode achar boa parte da discografia do sujeito.





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