Pesquisar este blog

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

PARA OUVIR E ESCUTAR: TINA BROOKS


 Harold Floyd "Tina" Brooks (1932/1974) nasceu na Carolina do Norte, Estados Unidos da América.

 Saxofonista, foi um dos expoentes do chamado Hard Bop, um estilo de jazz com forte acentuação do Rhythm and Blues, da Música Gospel Negra e do próprio Blues, chamado algumas vezes de "funky hard bop".


 Aliás, o primeiro trabalho profissional de "Tina" (apelido de infância) foi com o pianista de Rhythm and Blues Sonny Thompson.


 Tina Brooks conhecia um monte de mestres do Jazz por acompanhá-los em seus concertos e discos, tanto é que nas reuniões que ele mesmo fez sob sua batuta, o time era invejável: Art Blakey, Paul Chambers, Lee Morgan, Sonny Clark, Freddie Hubbard, só pra citar alguns.


 Com exceção de True Blue, Tina não viu nenhuma das suas outras "reuniões" se transformar em disco. A gravadora decidiu engavetar o material, que foi lançado décadas depois.


 Um detalhe que vale a pena ressaltar é que boa parte do material registrado é de autoria de Tina, que também era um excelente compositor.


 Aqui temos três dos quatro discos que traz a obra deste mestre:


Minor Move(1958), True Blue(1960) e Back To The Tracks(1960).
Ficou faltando The Waiting Game(1961), última sessão feita pelo saxofonista, que depois não gravou mais nada e morreu em 1974, vítima da heroína.

 Indicado para quem gosta e quem não gosta de Jazz, pois, se você que não aprecia não começar depois de ouvir Tina Brooks, é ruim da cabeça e doente do pé. E do ouvido também.





segunda-feira, 16 de setembro de 2013

PARA OUVIR E ESCUTAR: LENNIE HIBBERT


 Leonard Aloysius Hibbert (1928 -1980), nasceu em Mavis Bank, Jamaica.


 Como praticamente muitos dos garotos orfãos da ilha, também estudou na famosa Alpha Boys' School, instituição católica que trabalha na promoção do bem-estar de crianças, cujo curso de música forneceu ao mundo diversos representantes da música jamaicana. Sim, as freiras adoram um Reggae!


 Na escola, se dedicou à bateria, mas foi no período em que ingressou no serviço militar que definiu seu instrumento, o vibrafone. Tempos depois voltaria ao colégio, mas desta vez como professor.


 Quem gosta de jazz está acostumado a ver e ouvir esse instrumento soando com seu timbre metalizado, ou até mesmo no Mento ou no Calypso, mas Lennie Hibbert traz o vibrafone para o caldeirão sonoro jamaicano, temperando sem moderação com os ritmos produzidos nos EUA e no Caribe da época.


 Os discos Creation (1969) e More Creation (1971), foram lançados pelo selo Studio One, do sempre atento Clement "Sir Coxsone" Dodd.













PARA OUVIR E ESCUTAR: NICO GOMEZ AND HIS AFRO PERCUSSION INC.


 Joseph Van Het Groenewoud (1925-1992), embora tenha nascido na Holanda, foi na Bélgica que se estabeleceu. Fugindo dos serviços militares, também mudou o nome para Nico Ooms, para confundir ainda mais as autoridades holandesas.


 Em terras belgas, se tornou um dos grandes nomes da música Afro-Latina do país. Oi?


 Sim, esse sujeito, que pouco se sabe da vida pessoal esteve no meio da febre afro-caribenha que influenciou boa parte da Europa, entre os anos 50 e 70, do século passado.

Na década de 50, esteve na formação do famoso e influente grupo The Chakachas, e na década de 60 muda definitivamente seu nome para Nico Gomez, nome este que estampa as várias das capas dos discos clássicos que viria gravar.

 Ritual, de 1971, traz músicas de Perez Prado e Tom Jobim, além de músicas próprias do mestre.

Dentro desse caldeirão ainda sentimos o sabor do Soul e do Rock Psicodélico, tudo cantado em perfeito espanhol(!).